A banda foi formada em 2008 por três habitantes de Haifeng, um bairro da cidade de Shantou, província de Guangzhou. A estes juntou-se um baterista e o actual quarteto é liderado por Amao e Renke. Cantam no dialecto de Haifeng e em mandarim.Antes de formarem a banda, Amao e Renke eram vendedores ambulantes de Cd’s dakou – discos originais mas de proveniência obscura que eram vendidos com a caixa rasgada, para os quais havia grande procura no circuito da economia paralela. Os amigos compravam os discos ao peso e para fazer negócio mas acabaram por se interessar pela música de Astor Piazzolla, Cesária Évora ou Tom Waits.As suas composições cantam as vidas de marginais na China: um voyeur solteirão que passa horas a ver operárias a entrar e sair de fábricas, um ciclista que passeia um porco, um vendedor de divisas no mercado negro, um jovem revolucionário de Haifeng assassinado por Chiang Kai-shek em 1929. O estilo é marcado pela influência da ópera local e canções de pescadores. Incorporam também gravações das ruas da cidade, businas de autocarros, ruídos de motorizadas e encenações de discussões entre vizinhos.Os Wu Tiao Ren são considerados uma das bandas chinesas mais interessantes da actualidade e contam com um conjunto fiel de seguidores. No início de 2019 realizaram uma tour nacional que os levou a tocar mais de quarenta concertos em dois meses e preparam-se para nova aventura no final do ano, com dezoito datas confirmadas.Wu Tiao Ren actuam pela segunda vez fora da Ásia, após uma primeira experiência em São Paulo, Brasil no final de 2018.